sábado, 24 de março de 2012



Eu sonolenta ainda enxergando embaçado, entrei naquele banheiro antigo e vi a luz da janela diagonal batendo em você, escovando os dentes com o pé apoiado no joelho que nem um macaquinho, como eu sempre fiz a vida inteira mas por algum motivo estúpido parei com essa coisa de ser estraínha e parecida demais com o meu pai.
Uma mistura de medo e ansiedade de acabar logo com isso que eu não sei aonde vai parar, me fez ter a paciência de disfarçar que não percebi você me olhando do outro lado do espelho aberto, e sentar na banheira escovando meus dentes te olhando sem explodir de vontade de dizer tudo o que percebo quando estamos perto e por querermos chegar no mesmo lugar.

É tanto...

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