sábado, 24 de março de 2012



Eu sonolenta ainda enxergando embaçado, entrei naquele banheiro antigo e vi a luz da janela diagonal batendo em você, escovando os dentes com o pé apoiado no joelho que nem um macaquinho, como eu sempre fiz a vida inteira mas por algum motivo estúpido parei com essa coisa de ser estraínha e parecida demais com o meu pai.
Uma mistura de medo e ansiedade de acabar logo com isso que eu não sei aonde vai parar, me fez ter a paciência de disfarçar que não percebi você me olhando do outro lado do espelho aberto, e sentar na banheira escovando meus dentes te olhando sem explodir de vontade de dizer tudo o que percebo quando estamos perto e por querermos chegar no mesmo lugar.

É tanto...

sexta-feira, 16 de março de 2012




E quando abriu os olhos, ela sentiu: eu existo!
Por segundos eternos ela morreu, esqueceu de tudo que faz permanecer.
Saiu dançando só com o corpo, passando por todos os outros mortos-vivos... Fecha os olhos e (relembra) vive, que estar em sintonia é apenas ser você.
Aqui jaz um cadáver do meu ego.


O quanto essa força é poderosa...