segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012



O semáforo mudando de cor enquanto eu ando no meio da rua vazia me convence.
E quando a gente brinca de verdade ou mentirinha, a diversão é iludir, não é?
Adoro me convencer iludindo. É tão novo. E meu. Mas só me convenço e deixo convencer quando penso, digo e faço em harmonia.
É que cansei de ser só eu... Inovando e acreditando o tempo todo nas mentirinhas alheias pra se tornarem boas verdades. Ainda se apossam das minhas mentirinhas convincentes e saem por aí, cantarolando como se fossem suas! E são, porque dou tudo o que entendo por meu. Mas sinto... A impressão que tenho é que eles se bastam em viver de ilusão... Eu sinto muito.
Quero mais que fabricar ilusões... Quero que elas se façam sozinhas, sem eu estar sempre no comando.

Bem natural...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Desculpa



Eu fui pegar água pra matar minha sede de mentirinha só pra passar por perto. E ele deitado no sofá falando no celular me chamou, uma, duas vezes... E como uma adolescente apaixonada fingi que não era comigo. Saí andando e reclamando pra um garoto que não dava pra beber água num copinho de café... E pensando o porque não ia sentar lá como eu e a Cláudia sempre fizemos por aí até agora.
A vontade de ficar perto e ao mesmo tempo sair correndo me deixou uns 2 minutos em pé procurando uma pose, que por falta de tempo, acabou sendo a de ficar escorada no balcão da recepção mesmo.
Ele veio perguntando se eu tinha conseguido beber água... E aquela luz baixa favorecia tanto seu cabelo, sua pele, seus olhos, todos os porinhos do seu rost... Hã? Que água? Era um príncipe loiro azedo na minha frente!!! Foi aí que lembrei o porque quase fiquei com torcicolo da primeira vez que vc passou de relance por mim...